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Cinco livros de cinco poetas que valem a leitura

Ainda no clima do Dia Mundial da Poesia, 21 de março, selecionamos cinco livros de cinco poetas contemporâneos que precisam ser lidos.


Colmeia, de Mel Duarte

Colmeia de Mel Duarte, reúne poemas escritos entre 2012 e 2020, organizados em três capítulos que refletem diferentes fases da trajetória da autora. O primeiro, Pólen, traz textos de seus dois primeiros livros, Fragmentos dispersos e Negra Nua Crua. O segundo, Favo, apresenta poemas que viralizaram nas redes sociais de Mel a partir de 2016. Já o terceiro, Néctar, inclui trabalhos de 2020 e poemas inéditos. A obra é enriquecida com depoimentos de Ryane Leão, Preta Ferreira e Emicida, além de ilustrações afrofuturistas da grafiteira Luna Bastos. Com prefácio de Elizandra Souza, Colmeia é uma celebração da poesia de Mel Duarte, convidando o leitor a refletir e se emocionar com sua voz potente e engajada.


Engenheiro Fantasma, de Fabrício Corsaletti

Engenheiro Fantasma, de Fabrício Corsaletti, é um livro de poesias inusitado e inventivo, vencedor do Prêmio Jabuti 2023 nas categorias Poesia e Livro do Ano. A obra reúne 56 sonetos que misturam humor, melancolia, filosofia e delírio, criando uma experiência única na poesia brasileira. Corsaletti se coloca na pele de Bob Dylan, imaginando uma suposta temporada do icônico músico norte-americano em Buenos Aires. Nessa narrativa poética, bairros, bares, cafés e personagens portenhos ganham vida, enquanto a voz de Dylan se funde com a do autor, gerando uma terceira voz poética, repleta de referências sutis e uma atmosfera encantadora. Com versos precisos e imagens vívidas, o livro é uma homenagem à criatividade e à reinvenção, celebrando a arte de contar histórias através da poesia.


Miró até agora, de Miró

Miró até agora, de Miró, é uma coletânea que reúne os livros publicados pelo poeta entre 1985 e 2012, organizada por Wellington de Melo com base na primeira edição feita por Sennor Ramos. A obra apresenta a trajetória poética de Miró, destacando seu ritmo único, sua voz marcante e o gestual performático que permeiam seus textos. Entre os títulos incluídos estão dizCrição (2012), Quase crônico (2010), Tu tás aonde? (2007), Onde estará Norma? (2006), Pra não dizer que não falei de flúor (2004), Poemas para sentir tesão ou não (2002), Quebra a direita, segue a esquerda e vai em frente (1999), Flagrante deleito (1998), Ilusão de ética (1995), São Paulo é fogo (1987) e Quem descobriu o azul anil? (1985). Esta reunião permite ao leitor acompanhar a evolução de uma das vozes mais originais e impactantes da poesia brasileira contemporânea, celebrando sua linguagem inventiva e seu olhar crítico sobre o mundo.


Ninguém quis ver, de Bruna Mitrano

Ninguém quis ver, de Bruna Mitrano, é o segundo livro da poeta e uma das grandes revelações da poesia brasileira contemporânea. Com uma linguagem sensível e contundente, a obra aborda temas como a vida à margem, a desigualdade de gênero e as condições sociais e geográficas que moldam a existência. Nascida na periferia do Rio de Janeiro, Mitrano faz parte de uma nova geração de autoras que reinventam a poesia, trazendo à tona realidades muitas vezes invisibilizadas. A crítica literária Heloisa Buarque de Hollanda, que assina a orelha do livro, destaca a força da poeta em desafiar uma realidade que “ninguém quer ver”, apontando para a construção de um futuro mais consciente e transformador. Com versos brutais e profundamente humanos, Ninguém quis ver consolida Bruna Mitrano como uma voz essencial da poesia contemporânea.


Sal de fruta, Bruna Beber

Sal de fruta, de Bruna Beber, é um livro de poesias em prosa que transforma frutas em personagens de um mapa poético e afetivo. A autora carioca dedica um poema a cada fruta, como se caminhasse por uma feira ou pelos lugares da memória onde elas habitam. Com seu humor característico, Bruna brinca com sons, expressões populares e histórias pessoais, extraindo lições e reflexões de cada fruta. Da banana à melancia, passando pelo abacaxi, caju, caqui e romã, as frutas ganham vida e significado, revelando peculiaridades e metáforas surpreendentes. A obra faz parte da série de plaquetes do Círculo de Poemas, que convida autores a explorar mapas de lugares reais, imaginários ou desejados. A edição é acompanhada por um mapa ilustrado pelo artista Daniel Almeida, que guia o leitor por essa cidade encantada das frutas, onde a poesia e a memória se entrelaçam de forma delicada e inventiva.

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