A publicitária e escritora pernambucana Clarice Freire, amplamente reconhecida pelo sucesso de “Pó de Lua”, marca uma nova etapa em sua trajetória literária com o lançamento de seu primeiro romance, Para não acabar tão cedo (Ed. Record). O livro, narrado pelo excântrico e poético personagem Tempo, acompanha a vida das irmãs Lia e Augusta, que acordam subitamente com os corpos rejuvenescidos de 50 anos atrás, mergulhando em dilemas, traumas e descobertas intensas.

A autora celebrará o lançamento com dois eventos exclusivos em janeiro, onde estará presente para bate-papos e sessões de autógrafos. “São cidades que fazem parte da minha vida na literatura com muita intensidade e beleza. Nelas encontrei leitores, editei meus primeiros livros. Abri, no Rio e em São Paulo, as portas do mundo da palavra no lugar de autora e nunca mais fechei. Não estou somente animada para o lançamento do meu primeiro romance nessas cidades, como também me sinto emocionada, achando que a vida presta. Estou muito feliz”, conta a escritora pernambucana.

Daniela Arrais comenta o evento de lançamento de Clarice Freire em São Paulo, nesta terça: “Muito entusiasmada de bater esse papo com Clarice. Nossa amizade surgiu a partir da escrita, de uma troca muito sensível, profunda, sem filtro enquanto ela escrevia o “Para não acabar tão cedo” e eu escrevia meu livro de estreia. Nesta conversa, vou resgatar um pouco dessas trocas, que serviram de apoio fundamental e selaram uma amizade tão bonita. Quero saber como essa história chegou pra ela, como o Tempo virou o narrador, que dança ela fez ao escrever seu romance de estreia, enquanto se desdobrava em tantos papéis, não só o de escritora, como também o de coordenadora de pós-graduação em escrita criativa, voluntária na Comunidade dos Viventes, mãe de Vicente… Quero que a gente fale também de tudo que envolve fazer um livro acontecer, as pressões, as redes sociais, as trocas com os leitores. E, também, de como a gente defende um tempo para a escrita e para a leitura nesse mundo cada vez mais veloz”.

De Lucas Telles, editor da Record, sobre a obra: “A linguagem poética da Clarice Freire está bem marcada ao longo das páginas de “Para não acabar tão cedo”, seja nas belíssimas imagens que ela cria com as palavras ou na narrativa que se quebra eventualmente em versos. A trama é também extremamente criativa, tendo o Tempo, com um senso de humor bastante peculiar, como narrador. É fascinante ver o que Clarice criou em seu romance de estreia, e quem já a conhecia de suas poesias mesclando palavras e imagens da época do Pó de lua vai se surpreender com esse desdobramento ao mesmo tempo natural e desafiador do seu trabalho, escrito com primor.”

• São Paulo: No dia 21/1, às 19h, Clarice conversará com a também escritora e amiga Daniela Arrais na Livraria da Tarde (Rua Cônego Eugênio Leite, 956, Pinheiros).
• Rio de Janeiro: No dia 23/1, também às 19h, o evento ocorre na Janela Livraria (Rua Maria Angélica, 171 loja B, Jardim Botânico), onde a autora será acompanhada pelo editor Lucas Telles.

Uma história narrada pelo Tempo

Para não acabar tão cedo traz uma abordagem criativa e sensível sobre a passagem do tempo e o envelhecimento, explorando relações familiares e as nuances das escolhas e arrependimentos. Enquanto Augusta, a irmã mais velha, luta com sua natureza protetora e controladora, Lia deseja aproveitar intensamente sua nova oportunidade de juventude. Essa narrativa rica e emocional é guiada pela perspectiva do Tempo, um narrador singular que mistura sarcasmo, poesia e compaixão ao acompanhar a vida das irmãs.

Uma década de sucesso

Clarice Freire despontou no cenário literário em 2014 com Pó de Lua, um best-seller de poesia visual que encantou leitores com sua leveza e originalidade. Desde então, ela conquistou mais de um milhão de seguidores nas redes sociais e coleciona prêmios como o Orgulho de Pernambuco e a indicação ao Prêmio Jabuti. Agora, com seu romance de estreia, ela reafirma seu talento para emocionar e surpreender.

Sobre o livro

• Para não acabar tão cedo
• Editora Record | Grupo Editorial Record
• 216 páginas

Trechos do livro já destacam a potência de sua narrativa, como o seguinte fragmento narrado pelo Tempo: “Observando a expressão da jovem contrariada, com respiração sofrida, vi uma briga silenciosa e violenta. Ela tinha gostado de ver Lia andar de novo […] mas não daquela forma, não para que desaparecesse.”