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Pesquisa revela que há 11 milhões a menos de leitores no Brasil

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, promovida pelo Instituto Pró-Livro, divulgada nesta terça (19), apresentou um panorama detalhado dos hábitos de leitura no Brasil, destacando mudanças significativas em relação à edição anterior, e traz números alarmantes. Em 2024, o número médio de livros lidos por habitante ao ano caiu de 4,95 (2019) para 3,96. A pesquisa envolveu entrevistas com 5.504 pessoas em 208 municípios do país, e revelou que 47% da população se considera leitora, o que representa uma diminuição em relação aos 56% registrados em 2015.

Pela primeira vez na série histórica, o número de não leitores é maior do que o número de leitores. Nos últimos 4 anos, estima-se que o Brasil tenha perdido cerca de 6,7 milhões de leitores. Quando comparados aos números de 2015, os resultados atuais indicam uma diminuição no número de leitores de, aproximadamente, 11 milhões. A proporção de não-leitores é maior do que a de leitores na população brasileira: 53% das pessoas não leram nem parte de um livro – impresso ou digital – de qualquer gênero, incluindo didáticos, bíblia e religiosos, nos três meses anteriores à pesquisa. 

Se considerarmos somente livros inteiros lidos, no período de três meses anteriores à pesquisa, o percentual de leitores é ainda menor, de 27% dos brasileiros. 

Realizada em 208 municípios pelo Instituto Pró-Livro (IPL), a pesquisa também apontou para uma redução de leitores em todos os perfis, além de uma diminuição na média do número de livros consumido por cada leitor. Os livros estão até mesmo sendo menos considerados como opção de presente.

O levantamento também destaca o papel crucial dos professores e familiares na formação de novos leitores. Muito mais do que influenciadores digitais, esses são os perfis (juntamente com líderes religiosos) apontados como influência na hora da escolha de uma nova leitura. Entre os leitores que afirmaram ter o hábito de ler, 60% indicaram que foram incentivados por professores, e 43% mencionaram a influência de familiares. Esses dados reforçam a importância de ações educacionais e culturais que aproximem crianças e jovens dos livros desde cedo, promovendo a leitura como um hábito essencial.

Os resultados do Retratos da Leitura no Brasil reforçam a urgência de ações integradas para incentivar a leitura e ampliar o acesso ao livro, com esforços conjuntos de governos, escolas, famílias e editoras. A pesquisa destaca que, apesar das dificuldades, a leitura permanece uma prática transformadora, essencial para a formação crítica e cultural da sociedade brasileira.


Leia aqui artigo de José Castilho, com análise e opinião sobre resultados da pesquisa.


Acompanhe, abaixo, entrevistas com a repercussão dos resultados da pesquisa:

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