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Literária: A origem e o destino dos livros 

A coluna Literária, do jornalista Fábio Lucas, é publicada pelo JC

Novo instituto criado por Henrique Rodrigues aglutina ações de formação de leitores, ampliação do acesso à leitura e valorização da literatura

Nada é mais necessário e atual no Brasil como uma organização criada com os objetivos de formar leitores, democratizar o acesso à leitura e valorizar o livro como meio de compreensão de si e do mundo. Por isso, a chegada de 2025 deve ser celebrada com esperança, ainda em janeiro, apesar dos sinais inquietantes do clima global e da política norte-americana, que contamina as empresas que dominam a comunicação no planeta. Mas falando em coisas boas e brasileiras, o escritor e gestor cultural Henrique Rodrigues lança oficialmente, com uma live, no próximo dia 22, o Instituto Caminhos da Palavra. O debate de abertura será com o ativista literário e consultor José Castilho, e o escritor e produtor cultural Otávio Junior, a partir das 7 e meia da noite, pelo site do novo instituto, www.caminhosdapalavra.com.br

A receptividade às iniciativas de Henrique Rodrigues, que também é curador do Prêmio Pallas e colunista do Publishnews, com mais de 20 livros publicados, é consequência de sua história pessoal e experiência profissional, que se confundem semeando bons projetos e colhendo amigos, desde a época em que foi um dos criadores do Prêmio Sesc de Literatura. O Instituto Caminhos da Palavra já nasce com o Prêmio Caminhos, lançado no ano passado, e vai oferecer oficinas com nomes graúdos da literatura nacional, a partir de fevereiro: Julián Fuks, Aline Bei, Luna Vitrolira, Jéssica Balbino e Paula Gicovate são algumas das primeiras personalidades a abraçar o projeto.

Livro a caminho

Monica Ramalho
O criador do Instituto Caminhos da Palavra, Henrique Rodrigues – Monica Ramalho

Um dos alicerces do novo Instituto é o projeto Livro a Caminho, que leva livros e profissionais do mercado editorial para escolas públicas. Parcerias com editoras garantem a distribuição de exemplares para professores, estudantes e funcionários das escolas, após conversas com a presença de convidados no ambiente escolar. “Como autor, sempre tive atenção especial às escolas públicas. É de onde eu vim e de onde precisam brotar novos artistas, justamente para combater o estigma segundo o qual alunos das redes públicas têm como futuro, no máximo, um subemprego, e não a realização dos seus sonhos. Fico feliz porque as maiores editoras do país estão comigo nessa frente. E vale dizer que todos os funcionários das escolas (pessoal de limpeza, inspetores, merendeiras) também vão ganhar livros!”, diz Henrique Rodrigues, que estudou em escola pública, no Rio de Janeiro.

Encontros e encantos

O domingo de manhã tem lançamento na Livraria do Jardim, no Recife, a partir das 10h. “Val: Encontros e encantos” traz uma fábula infantojuvenil sobre duas formigas, unidas por liberdade e música. O texto foi originalmente criado para o teatro, pelo autor, Demétrio Rangel. No evento de lançamento, haverá mediação de leitura e bate-papo sobre a obra, além da sessão de autógrafos.

A moranga sagrada

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O escritor J. C. Marçal publica pela Cepe – Divulgação

Será na terça, 14, o lançamento do livro de contos de J. C. Marçal, no Orora Bar de Esquina, no Centro do Recife. A pós-modernidade amarra os 11 contos da coletânea, que aborda temas como o empoderamento feminino, a tecnociência, o terror da ditadura e a pandemia de Covid. O evento de lançamento começa às 7 da noite.

Fábrica Literária

A Livraria NoveSete, em São Paulo, recebe o Ateliê Mala Livro – A Fábrica Literária no sábado, 18, a partir das 2 da tarde, numa experiência sensorial de quatro horas de duração que visa levar os participantes a refletirem sobre o objeto livro no formato códice, como linguagem poética. Os inscritos recebem uma pequena mala como “convite brincante”. À frente da iniciativa estão Juliana Pádua, JulliPop e Gui Rossi. Inscrições pelo site www.julianapadua.com.br.

Lady Tempestade

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Silvia Gomez assina a peça que virou livro da Cobogó – Divulgação

Sucesso no teatro, a peça de Silvia Gomez estrelada por Andrea Beltrão virou livro publicado pela Cobogó. “Lady Tempestade” conta a história da advogada pernambucana Mércia Albuquerque, que defendeu presos políticos na ditadura brasileira. O livro conta com apresentações da autora, da diretora do espetáculo, Yara Novaes, de Andrea Beltrão, e do jornalista Samarone Lima. A peça fica em cartaz no Teatro Poeira, no Rio de Janeiro, até abril.

Livros anti-telas

A editora Vestígio faz sugestão de leituras de seu catálogo para a redução do uso de telas. Na lista, “Nação Dopamina”, de Anna Lembke, “Foco Roubado – Os ladrões de atenção da vida moderna” de Johann Hari, “Faça-os ler – Para não criar cretinos digitais” de Michel Desmurget, e “Quem educa nossas crianças?” de Susan Linn.

A conversa

A Amarcord está lançando no Brasil a premiada HQ autobiográfica de Darrin Bell, vencedor do Pulitzer. Com tradução de floresta, “A Conversa” relata momentos da história recente dos Estados Unidos, do atentado às Torres Gêmeas à pandemia de Covid, passando por Obama e Trump. A consciência da negritude e o ativismo antirracista são destaque na obra.

Mundo Livre S/A 4.0

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O escritor Pedro de Luna, Otto e Fred Zero Quatro – Divulgação

A Ilustre Editora lançou “Mundo Livre S A 4.0 – Do Punk ao Mangue: 40 anos de lutas, conquistas e muito ativismo político e cultural”, de autoria de Pedro de Luna. Em depoimento para a Literária, Luna afirma que teve a sorte de contar com os preciosos acervos de pessoas que trabalharam com a banda nos primeiros discos. “Então, além dos depoimentos, elas me cederam fotos raras e inéditas, matérias da época, panfletos e credenciais de shows. Um material riquíssimo que não está na internet. Todo esse conteúdo levantado na pesquisa me permitiu publicar um livro super completo, tanto sobre os 40 anos do grupo quanto sobre a própria cena musical pernambucana dos anos 1980 em diante. Eu fiquei bastante satisfeito com o resultado. E os leitores também”, diz ele.

Malabarista de palavras

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A malabarista de palavras, Larissa Campos – Divulgação

O ofício da escrita se equilibra entre as demandas do cotidiano e uma necessidade íntima que pede tempo de ser. Em sua newsletter, Malabarista de Palavras, Larissa Campos abordou a dificuldade dessa escolha: “Escrever é meu trabalho e minha arte. Às vezes, gosto de fingir que é simples e nada custa, mas o fingimento dura pouco. Sentar para escrever, mesmo que seja por dez minutos, exige abdicar de outros afazeres em nome da escolha mais importante que posso bancar: eu mesma”. Conheça e assine https://malabaristadepalavras.substack.com/.

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