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O novo sítio virtual de Leandro Mazzini

Livronews conversou com o escritor e jornalista Leandro Mazzini, que lança seu novo site. O endereço coleciona trabalhos do autor natural de Muriaé, Minas Gerais, reúne sua biografia, informações sobre seus três livros publicados e entrevistas com grandes personalidades como Luis Fernando Verissimo, Carlos Heitor Cony e Baltazar Garzón.

Com uma trajetória iniciada em funções modestas, como “boy” e estagiário na Caixa Econômica Federal, Mazzini consolidou sua carreira no jornalismo político, começando como cronista na Gazeta de Muriaé e destacando-se no Jornal do Brasil. Atualmente, escreve a coluna Esplanada, publicada em diversos jornais do país. Na literatura, o autor lançou a coletânea de crônicas O Espelho da Vida (2000), o livro de crônicas políticas Corra que a política vem aí (2009) e o romance Boa Noite, Rio (2013), vencedor do Prêmio Nacional de Literatura da Prefeitura de Manaus, refletindo sua visão crítica e analítica sobre a sociedade e política brasileiras.

A Mariana Oliveira, o escritor falou do site, de sua carreira e de seus livros.


O que os internautas e leitores vão poder encontrar nesse site?

Creio que o site, além de uma “folha de rosto” para apresentar meu perfil literário, é um resumo da minha vida. Me exponho mais do que o autor, ali. Como na biografia e na rotina das palestras sobre jornalismo. Como escrevi num dos tópicos, um resumo necessário para registro permanente de um pouco mais de mim, para quem não conheceu minha trajetória como aprendiz de escritor.

Como o jornalismo e a literatura se encontram na tua prática? Sempre existiram em conjunto? Uma coisa levou a outra?

É uma questão interessante. Eu me faço essa pergunta, às vezes. Quem nasceu primeiro nesta alma, o escritor ou o jornalista? Fato é que, desde pequeno, sempre gostei de ler os cronistas e isso me formatou. Eu fiz Jornalismo porque sonhava ser escritor um dia. E o jornalismo, como profissão, vem me moldando assim. A literatura anda adormecida no meu cotidiano, mas não deixo de ler novos autores, reler clássicos e conhecer as novidades das estantes.

No site podemos conhecer o trabalho do jornalista e do escritor. Queria que você destacasse alguma situação interessante que você viveu no jornalismo, e que também comentasse seus livros.

Tenho comigo que tudo tem seu tempo. Estou, hoje, muito mais jornalista político (profissão que exerço há 25 anos) que escriba ( que pretendo resgatar na alma em breve). Voltando ao tempo, eu descobri essa magia quando, no antigo ginasial, início dos anos 90, eu escrevi sete redações numa aula, para colegas preguiçosos (além da minha), em uma hora. Todos tiraram notas boas ali, menos eu (risos). Ali, notei que havia um caminho além daquele desafio vencido. Creio que naquele momento nasceu o escritor. Ainda em construção. Já no jornalismo, vivo intensamente muitas situações, aprendizados, conquistas e desgostos. É do jogo. Algumas reportagens me marcaram – citei poucas delas no site, e pretendo resgatar outras para publicar ali, no link “entrevistas”.

São duas obras de crônicas, esses textos foram publicados antes, num jornal ou revista?

Poucos deles foram publicados, em jornais de Muriaé, minha cidade natal, nos anos 90. Mas eu sou um colecionador de momentos e inspirações, e quando tinha esses insights de cenas ou temas que valiam uma crônica, já passava para o papel. Assim nasceram esses dois livros. Um escrito em 1998 e lançado em 99, na bienal do Rio. Outro, escrito já no exercício do jornalismo, inspirado na realidade política – lançado em 2010. Não tenho a ânsia de lançar livros. Tenho outros três na gaveta, um deles, de crônicas, venceu um prêmio nacional em Manaus, em 2017. Os outros dois, romances infanto-juvenis, foram finalistas do João-de-Barro de BH em 2001 e 2003. Mas as editoras não se interessaram. Então guardei para outros momentos.

E fala um pouco do romance, foi sua estreia na ficção?

O romance foi algo curioso. Eu o escrevi em oito noites escalonadas, em um mês, à mão, em laudas, com caneta. Tenho os originais bem guardados. Foi em 2000. Em 2013, numas férias em Punta del Este, eu o transcrevi para o computador. E lancei em 2017.

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