A escritora recifense Manoella Valadares fez sua estreia na literatura com o lançamento de Ninguém Morreu Naquele Outono, uma obra poética publicada pela Editora Telaranha. A coletânea de poemas explora temas profundos como pertencimento, processos imigratórios, feminismo e questões de gênero, utilizando uma narrativa fragmentada que reflete a passagem do tempo e a natureza inconclusa das memórias. “O livro é um quebra-cabeça com peças perdidas”, afirma a autora, destacando o caráter único de suas personagens, que surgem e desaparecem ao longo dos poemas, muitas vezes conversando entre si ou com um desconhecido.

Valadares, que vive em Londres há quase dez anos, mantém uma forte conexão com Recife, sua cidade natal, através dos temas marítimos que permeiam sua obra. Essa ligação com o mar, mesmo residindo em uma cidade sem litoral, é um elemento central em seus poemas, refletindo sua saudade e a influência das raízes culturais do Recife. A escritora descreve o tempo como um “objeto de interesse”, abordando-o de forma não linear, explorando desvios e círculos, em um jogo constante de invenção e memória.

O lançamento de Ninguém Morreu Naquele Outono ocorreu em 8 de agosto de 2024, na Livraria da Praça, em Recife, e contou com a presença da autora e de convidados especiais como Bernardo Bryner e Renata Pimentel. O evento marcou o início da jornada de Manoella Valadares no cenário literário brasileiro, trazendo ao público uma obra que convida à reflexão sobre a complexidade das experiências humanas e a multiplicidade de vozes e perspectivas que a compõem.

Serviço:
Título: Ninguém Morreu Naquele Outono
Autor: Manoella Valadares
Editora: Telaranha
Páginas: 86
Onde comprar: Site da Telaranha
Data de lançamento: 8 de agosto de 2024